Selfie
foi escolhida a palavra do ano de 2013, por editores do dicionário Oxford e é
definida como "uma fotografia que a pessoa tira dela mesma, tipicamente
com um smartphone ou webcam, carregada em um site de mídia social". Um termo
que virou moda nos últimos dois anos, e tem sua origem na Austrália em meados
de 2002 quando um homem que ao postar sua foto para mostrar ferimentos em um
fórum, após ter tropeçado de um degrau; justificou a falta de foco por se
tratar de uma selfie.
Segundo Boris Kossoy, a
fotografia do século XX cumpriu papel revolucionário de disseminação maciça de
imagens do mundo, o que acarretou em um “vício”, do qual não poderíamos prescindir.
A história da fotografia está cheia de
rostos, inclusive o mistério do rosto de Cristo em seu sudário, e outros que tomaram
dimensões globais, como Lenin, Khomeini ou Mao-Tsé-Tung. O impacto da
comunicação de um rosto tem sido explorado para vários fins, sobretudo no campo
publicitário.
De todos os motivos que
se coloca diante de uma câmera, o rosto se perpetua como o mais intrigante e
mais fotografado. O foco no indivíduo entusiasma compartilharmos toda nossa
trajetória diária em redes sociais, o que transcende uma relação narcisista
somente, pois são necessários likes para
se efetivar, ou seja, aceitação social. Através dessa aceitação o
auto-retratista monta uma imagem de projeção para o mundo, que tem como espelho
a vida das celebridades que se expõem nas mídias sociais.
A efetivação das selfies também passou pelas mãos das
celebridades que não só compartilham seu cotidiano para aceitação, mas
sobretudo para autopromoção. O que estimula a reprodução de fotos de rostos
solitários com expressões similares e em ângulos repetitivos. A proliferação de
mais do mesmo demanda aperfeiçoamento, o que levou a cantora pop Kim Kardashian
possuir um tutorial da selfie perfeita.
De qualquer forma as selfies não necessitam ser exclusivamente taxadas como algo vazio, o registro é algo intrínseco ao humano, desde os homens das cavernas e seus desenhos nas paredes. É necessário bom senso, menores doses de auto exposição e mais personalidade nas mídias sociais.
De qualquer forma as selfies não necessitam ser exclusivamente taxadas como algo vazio, o registro é algo intrínseco ao humano, desde os homens das cavernas e seus desenhos nas paredes. É necessário bom senso, menores doses de auto exposição e mais personalidade nas mídias sociais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário