“Tanto a produção quanto a recepção do filme são envolvidos por interesses ideológicos, não importa quão insistentemente isso possa ser negado” (TURNER, 1997, p. 143)[1]. Esse pensamento guiará toda a minha análise de Do the right thing (1989), filme de Spike Lee. E não poderia ser diferente a abordagem de um filme que se propõe a expor as tensões raciais nos Estados Unidos realistamente, imersas em atitudes simples do cotidiano, como comer uma pizza ou ouvir música.
O filme de Spike Lee, porém, não pode ser lido, de forma excessivamente simplificadora, apenas como uma defesa aos afroamericanos frente as constantes preconceitos e violações de direitos. Durante toda a narrativa, podemos perceber como alguns personagens negros podem se transformar de oprimidos em opressores, desrespeitando outras minorias presentes no bairro, como os orientais (representados como donos de um mini-mercado). Ao final, o espectador fica com a semente da dúvida no peito: e, afinal, o que é a coisa certa? O filme é uma profusão de significados, ideologias, contradições, “um campo de batalha de posições concorrentes e geralmente contraditórias” (Ibidem, p. 143). E se todo filme apresenta contradições (o que pode ser feito através da simplória divisão “mocinho x bandido”), Do the right thing dá um passo além: não escolhe um “lado” em seu desfecho[2].
Obviamente, também esses meus comentários são ideológicos: de alguma forma, eles mostram o que acredito ser “a coisa certa”. Considero um dos grandes pontos do filme a possibilidade da dúvida, como em um final aberto. Mas dessa possibilidade, porém, retirarei a ideologia que me convém, na qual acredito. A partir de elementos do filme, bordarei dois tema principais: a construção da identidade negra e a violência como discurso.
Identidade negra
Em uma parede, perto da pizzaria de Sal[3], está pintada a bandeira Pan-Africana, criada em 1920 e símbolo da Universal Negro Improvement Association and African Communities League (UNIA). Suas cores (vermelho, preto e verde) representam, respectivamente:
→ o sangue que une todos com ancestrais africanos; o sangue derramado pela liberdade;
→ toda a nação[4] negra (ainda que não um estado-nação);
→ as riquezas naturais da África ou um símbolo ligando a emancipação negra e a luta pela libertação irlandesa.
A bandeira e os discursos dos personagens de Do the right thing deixam claras as formas de construção de uma comunidade simbólica, imaginada. O discurso da negritude se assemelha ao usado para as identidades nacionais.
... a nação não é apenas uma identidade política mas algo que produz sentidos – um sistema de representação cultural. As pessoas não são apenas cidadãos/ãs legais de uma nação; elas participam da idéia da nação... (HALL, 1997, p.53)
As culturas nacionais, ao produzir sentidos sobre “a nação”, sentidos com os quais podemos nos identificar, constroem identidades. Esses sentidos estão contidos nas estórias que são contadas sobre a nação, memórias que conectam seu presente com seu passado e imagens que dela são construídas. (Ibidem, p. 55) [grifos do autor]
Para analisar as formas como o discurso da negritude se apresenta no filme, utilizarei, então, as observações feitas por HALL (1997) sobre a formação das identidades nacionais.
Vamos nos deter, inicialmente, ao expressivo diálogo em que Mookie, interpretado pelo próprio Spike Lee, conversa com Pino, um ítalo-americano racista, sobre ícones negros.
Mookie: Who’s your favorite basketball player.
Pino: Magic Johnson
M: Who’s your favorite movie star?
P: Eddie Murphy
M: Who’s your favorite rock star? Prince. (...) Pino, fuck you, fuck your fuckin' pizza, and fuck Frank Sinatra.
P: Yeah? Well fuck you, too, and fuck Michael Jackson.
Ainda nesse diálogo, Pino ridiculariza o dizer se um líder negro, o ministro Farrakhan. O líder falava do dia em que os negros voltariam ao seu passado de glória. Pino pergunta a Mookie que passado seria esse. Ele responde: a civilização nasceu com os negros[5].
Outra fala bastante significativa é a do locutor da rádio local, o Mister Senor Love Daddy. Em um dos momentos do filme, ele cita, de uma só vez, dezenas de artistas negros.
Locutor: Boogie Down Productions, Rob Base, Dana Dayne, Marley Marle, Ola Tunji, Chuck D, Ray Charles, EP MD, Eu Alberta, Hunter Run DMC Stetsosonic, Sugar Bear, John Coltrane…
Tanto a fala do locutor quanto o diálogo anteriormente citado são exemplos de uma narrativa de identificação através da cultura de massa.
Como membros de tal “comunidade imaginada”, nos vemos, no olho e na mente, como compartilhando dessa narrativa. Ela dá significado e importância à nossa monótona existência, conectando nossas vidas cotidianas com um destino nacional que preexiste a nós e continua existindo após nossa morte (HALL, 1997, p. 56-57)[6].
Além disso, na enumeração das estrelas negras, recorre-se a uma idéia de continuidade, tirando cada artista de seu contexto histórico, político e estético para incluí-lo, indiscriminadamente, a idéia de negritude. No diálogo entre Mookie e Pino, há igualmente um ideal de continuidade, dessa vez representado por uma volta de um passado glorioso, como se os elementos essenciais do caráter negro permanecessem imutáveis através da história. Podemos localizar, também, uma espécie de mito fundacional (as raízes africanas, a imigração forçada para a América) baseado na identificação de um povo original (os africanos).
As culturas nacionais são tentadas, algumas vezes, a se voltar para o passado, a recuar defensivamente para aquele “tempo perdido”, quando a nação era “grande”; são tentadas a restaurar identidades passadas (Ibidem, p. 61).
HALL (1997) ressalta ainda que, muitas vezes, esse retorno ao passado oculta uma mobilização para expulsar os outros, que ameaçam a identidade da nação – um retorno à lógica do Apartheid. Essa, por exemplo, parece ser a forma como o personagem Chatonildo afirma sua negritude. Quando ele resolve comprar briga com um branco que pisa em seu sapato, diz: “Who told you to buy a brownstone on my block, in my neighborhood, on my side of the street? Yo, what you wanna live in a Black neighborhood for, anyway?”. Esse tipo de atitude gera conseqüências trágicas numa sociedade culturalmente heterogênea, como o quarteirão no qual se passa o filme.
Antes, porém, de falarmos mais sobre o uso da violência como estratégia, é necessário perceber que as identidades tanto nacionais quanto das minorias
... são atravessadas por profundas divisões e diferenças internas, sendo “unificadas” apenas através dos exercícios de diferentes formas de poder cultural. (...) As nações modernas são, todas, híbridos culturais. (Ibidem, p. 67).
Assim, a comunidade negra do filme apresenta diversas subculturas que entram em conflito não só com os orientais, brancos ou ítalo-americanos, mas também entre si.
A violência como discurso
PAIVA (2005) chama de “comunidade negativa” aquela “em que a ritualização do ser em comum funda-se em práticas violentas de exclusão visceral de um outro alheio ao núcleo grupal” (p. 21). Os indícios desse tipo de comunidade no quarteirão são percebidos em vários pequenos momentos de tensão: Radio Raheem deixa o seu rádio no último volume, incomodando a (quase) todos por onde passa; os grupo de jovens discute com o “Prefeito” do quarteirão, um senhor de idade avançada; o Prefeito bate-boca com a Mother-sister, uma espécie de mãe-de-todos do bairro...
Nas primeiras partes do filme, a violência do cotidiano transparece em intermináveis (e irritantes) gritarias, com viés cômico. No desfecho da história, porém, as pequenas agressões têm como conseqüência última a morte de Radio Raheem e a destruição da Pizzaria de Sal.
A comunidade negra que, até então, encontrava-se dispersa, com a morte de “um dos seus” torna-se uma minoria “passional”, “adotando posturas violentas e marcadamente terroristas” (Ibidem, p. 18). Podemos perceber, então, que entre as formas identificadas por Hall para mobilizar uma identidade em comum também está a violência, tanto como gatilho para a formação de uma comunidade imaginária como quanto estratégia de relacionamento com o outro. E não qualquer tipo de violência, mas especialmente a espetacular: quebrar vidros, mesas, colocar fogo na pizzaria.
Essa é a “a coisa certa”? Creio que não. Como PAIVA (2005), penso que o caminho a se trilhar é o da aceitação radical do outro e que
Apesar de a forma social estar marcada pela violência, os grupos minoritários podem [eu diria devem] optar por adotar formas de ação capazes de fazer frente à crueldade institucionalizada e generalizada com processos sociais inclusivos que priorizem a existência harmônica entre os cidadão. (p. 21-22)
Isso é possível? Talvez. Até porque o final está em aberto.
BIBLIOGRAFIA
AFRO-AMERICAN flags. Disponível em: <>. Acesso em: 19 set 2007.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro, DP&A Ed., 1997.
LOUIS Farrakhan. Disponível em:. Acesso em: 16 ago 2007.
MEMORABLE quotes for Do the right thing. Disponível em:. Acesso em: 19 set 2007.
PAIVA, Raquel. Mídia e política de minorias. In: Comunicação e cultura de minorias. São Paulo: Paulus, 2005. p. 15-25.
PAN-AFRICAN flag. Disponível em:. Acesso em: 19 set 2007.
PICCARDI, Tatiana. A construção do sentido em textos empresariais institucionais: Confronto de vozes e ideologia. Disponível em:. Acesso em: 16 ago 2007.
TURNER, Graeme. Cinema, cultura e ideologia. In: Cinema como prática social. Tradução de Mauro Silva. São Paulo: Summus, 1997. p.128-154.
[1] “(...) ideologia, para efeito deste estudo, é o conjunto de idéias e crenças gerais pelas quais os homens, em determinada sociedade e tempo histórico, criam, explicam, justificam e impõem suas ações (com maior ou menor grau de imposição) em todos os níveis das relações sociais, inclusive os mais corriqueiros“ (PICCARDI, 1999, p. 43)
[2] A diversidade de interpretações possíveis, provavelmente, deve ser uma das causas para Do the right thing ser um dos poucos filmes a apresentar 100% de aprovação dos críticos no site Rotten Tomatoes (www.rottentomatoes.com). Como ressalta TURNER (1997), “os problemas formais que podemos discernir num filme com freqüência são atribuíveis à intransigência da oposição ideológica” (p. 145)
[3] Personagem ítalo-americano.
[4] Para efeito desse trabalho, utilizo o termo nação com sentido de comunidade.
[5] Segundo a Wikipedia, é do ministro Farrakhan a frase "Pessoas brancas são potencialmente humanas – eles não evoluiram ainda”.
[6] É interessante, aqui, lembrar, que a fala do locutor, por exemplo, termina com a seguinte frase: “We wanna thank you all for makin' our lives just a little brighter here on We Love Radio”.
O filme de Spike Lee, porém, não pode ser lido, de forma excessivamente simplificadora, apenas como uma defesa aos afroamericanos frente as constantes preconceitos e violações de direitos. Durante toda a narrativa, podemos perceber como alguns personagens negros podem se transformar de oprimidos em opressores, desrespeitando outras minorias presentes no bairro, como os orientais (representados como donos de um mini-mercado). Ao final, o espectador fica com a semente da dúvida no peito: e, afinal, o que é a coisa certa? O filme é uma profusão de significados, ideologias, contradições, “um campo de batalha de posições concorrentes e geralmente contraditórias” (Ibidem, p. 143). E se todo filme apresenta contradições (o que pode ser feito através da simplória divisão “mocinho x bandido”), Do the right thing dá um passo além: não escolhe um “lado” em seu desfecho[2].
Obviamente, também esses meus comentários são ideológicos: de alguma forma, eles mostram o que acredito ser “a coisa certa”. Considero um dos grandes pontos do filme a possibilidade da dúvida, como em um final aberto. Mas dessa possibilidade, porém, retirarei a ideologia que me convém, na qual acredito. A partir de elementos do filme, bordarei dois tema principais: a construção da identidade negra e a violência como discurso.
Identidade negra
Em uma parede, perto da pizzaria de Sal[3], está pintada a bandeira Pan-Africana, criada em 1920 e símbolo da Universal Negro Improvement Association and African Communities League (UNIA). Suas cores (vermelho, preto e verde) representam, respectivamente:
→ o sangue que une todos com ancestrais africanos; o sangue derramado pela liberdade;
→ toda a nação[4] negra (ainda que não um estado-nação);
→ as riquezas naturais da África ou um símbolo ligando a emancipação negra e a luta pela libertação irlandesa.
A bandeira e os discursos dos personagens de Do the right thing deixam claras as formas de construção de uma comunidade simbólica, imaginada. O discurso da negritude se assemelha ao usado para as identidades nacionais.
... a nação não é apenas uma identidade política mas algo que produz sentidos – um sistema de representação cultural. As pessoas não são apenas cidadãos/ãs legais de uma nação; elas participam da idéia da nação... (HALL, 1997, p.53)
As culturas nacionais, ao produzir sentidos sobre “a nação”, sentidos com os quais podemos nos identificar, constroem identidades. Esses sentidos estão contidos nas estórias que são contadas sobre a nação, memórias que conectam seu presente com seu passado e imagens que dela são construídas. (Ibidem, p. 55) [grifos do autor]
Para analisar as formas como o discurso da negritude se apresenta no filme, utilizarei, então, as observações feitas por HALL (1997) sobre a formação das identidades nacionais.
Vamos nos deter, inicialmente, ao expressivo diálogo em que Mookie, interpretado pelo próprio Spike Lee, conversa com Pino, um ítalo-americano racista, sobre ícones negros.
Mookie: Who’s your favorite basketball player.
Pino: Magic Johnson
M: Who’s your favorite movie star?
P: Eddie Murphy
M: Who’s your favorite rock star? Prince. (...) Pino, fuck you, fuck your fuckin' pizza, and fuck Frank Sinatra.
P: Yeah? Well fuck you, too, and fuck Michael Jackson.
Ainda nesse diálogo, Pino ridiculariza o dizer se um líder negro, o ministro Farrakhan. O líder falava do dia em que os negros voltariam ao seu passado de glória. Pino pergunta a Mookie que passado seria esse. Ele responde: a civilização nasceu com os negros[5].
Outra fala bastante significativa é a do locutor da rádio local, o Mister Senor Love Daddy. Em um dos momentos do filme, ele cita, de uma só vez, dezenas de artistas negros.
Locutor: Boogie Down Productions, Rob Base, Dana Dayne, Marley Marle, Ola Tunji, Chuck D, Ray Charles, EP MD, Eu Alberta, Hunter Run DMC Stetsosonic, Sugar Bear, John Coltrane…
Tanto a fala do locutor quanto o diálogo anteriormente citado são exemplos de uma narrativa de identificação através da cultura de massa.
Como membros de tal “comunidade imaginada”, nos vemos, no olho e na mente, como compartilhando dessa narrativa. Ela dá significado e importância à nossa monótona existência, conectando nossas vidas cotidianas com um destino nacional que preexiste a nós e continua existindo após nossa morte (HALL, 1997, p. 56-57)[6].
Além disso, na enumeração das estrelas negras, recorre-se a uma idéia de continuidade, tirando cada artista de seu contexto histórico, político e estético para incluí-lo, indiscriminadamente, a idéia de negritude. No diálogo entre Mookie e Pino, há igualmente um ideal de continuidade, dessa vez representado por uma volta de um passado glorioso, como se os elementos essenciais do caráter negro permanecessem imutáveis através da história. Podemos localizar, também, uma espécie de mito fundacional (as raízes africanas, a imigração forçada para a América) baseado na identificação de um povo original (os africanos).
As culturas nacionais são tentadas, algumas vezes, a se voltar para o passado, a recuar defensivamente para aquele “tempo perdido”, quando a nação era “grande”; são tentadas a restaurar identidades passadas (Ibidem, p. 61).
HALL (1997) ressalta ainda que, muitas vezes, esse retorno ao passado oculta uma mobilização para expulsar os outros, que ameaçam a identidade da nação – um retorno à lógica do Apartheid. Essa, por exemplo, parece ser a forma como o personagem Chatonildo afirma sua negritude. Quando ele resolve comprar briga com um branco que pisa em seu sapato, diz: “Who told you to buy a brownstone on my block, in my neighborhood, on my side of the street? Yo, what you wanna live in a Black neighborhood for, anyway?”. Esse tipo de atitude gera conseqüências trágicas numa sociedade culturalmente heterogênea, como o quarteirão no qual se passa o filme.
Antes, porém, de falarmos mais sobre o uso da violência como estratégia, é necessário perceber que as identidades tanto nacionais quanto das minorias
... são atravessadas por profundas divisões e diferenças internas, sendo “unificadas” apenas através dos exercícios de diferentes formas de poder cultural. (...) As nações modernas são, todas, híbridos culturais. (Ibidem, p. 67).
Assim, a comunidade negra do filme apresenta diversas subculturas que entram em conflito não só com os orientais, brancos ou ítalo-americanos, mas também entre si.
A violência como discurso
PAIVA (2005) chama de “comunidade negativa” aquela “em que a ritualização do ser em comum funda-se em práticas violentas de exclusão visceral de um outro alheio ao núcleo grupal” (p. 21). Os indícios desse tipo de comunidade no quarteirão são percebidos em vários pequenos momentos de tensão: Radio Raheem deixa o seu rádio no último volume, incomodando a (quase) todos por onde passa; os grupo de jovens discute com o “Prefeito” do quarteirão, um senhor de idade avançada; o Prefeito bate-boca com a Mother-sister, uma espécie de mãe-de-todos do bairro...
Nas primeiras partes do filme, a violência do cotidiano transparece em intermináveis (e irritantes) gritarias, com viés cômico. No desfecho da história, porém, as pequenas agressões têm como conseqüência última a morte de Radio Raheem e a destruição da Pizzaria de Sal.
A comunidade negra que, até então, encontrava-se dispersa, com a morte de “um dos seus” torna-se uma minoria “passional”, “adotando posturas violentas e marcadamente terroristas” (Ibidem, p. 18). Podemos perceber, então, que entre as formas identificadas por Hall para mobilizar uma identidade em comum também está a violência, tanto como gatilho para a formação de uma comunidade imaginária como quanto estratégia de relacionamento com o outro. E não qualquer tipo de violência, mas especialmente a espetacular: quebrar vidros, mesas, colocar fogo na pizzaria.
Essa é a “a coisa certa”? Creio que não. Como PAIVA (2005), penso que o caminho a se trilhar é o da aceitação radical do outro e que
Apesar de a forma social estar marcada pela violência, os grupos minoritários podem [eu diria devem] optar por adotar formas de ação capazes de fazer frente à crueldade institucionalizada e generalizada com processos sociais inclusivos que priorizem a existência harmônica entre os cidadão. (p. 21-22)
Isso é possível? Talvez. Até porque o final está em aberto.
BIBLIOGRAFIA
AFRO-AMERICAN flags. Disponível em: <>. Acesso em: 19 set 2007.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro, DP&A Ed., 1997.
LOUIS Farrakhan. Disponível em:
MEMORABLE quotes for Do the right thing. Disponível em:
PAIVA, Raquel. Mídia e política de minorias. In: Comunicação e cultura de minorias. São Paulo: Paulus, 2005. p. 15-25.
PAN-AFRICAN flag. Disponível em:
PICCARDI, Tatiana. A construção do sentido em textos empresariais institucionais: Confronto de vozes e ideologia. Disponível em:
TURNER, Graeme. Cinema, cultura e ideologia. In: Cinema como prática social. Tradução de Mauro Silva. São Paulo: Summus, 1997. p.128-154.
[1] “(...) ideologia, para efeito deste estudo, é o conjunto de idéias e crenças gerais pelas quais os homens, em determinada sociedade e tempo histórico, criam, explicam, justificam e impõem suas ações (com maior ou menor grau de imposição) em todos os níveis das relações sociais, inclusive os mais corriqueiros“ (PICCARDI, 1999, p. 43)
[2] A diversidade de interpretações possíveis, provavelmente, deve ser uma das causas para Do the right thing ser um dos poucos filmes a apresentar 100% de aprovação dos críticos no site Rotten Tomatoes (www.rottentomatoes.com). Como ressalta TURNER (1997), “os problemas formais que podemos discernir num filme com freqüência são atribuíveis à intransigência da oposição ideológica” (p. 145)
[3] Personagem ítalo-americano.
[4] Para efeito desse trabalho, utilizo o termo nação com sentido de comunidade.
[5] Segundo a Wikipedia, é do ministro Farrakhan a frase "Pessoas brancas são potencialmente humanas – eles não evoluiram ainda”.
[6] É interessante, aqui, lembrar, que a fala do locutor, por exemplo, termina com a seguinte frase: “We wanna thank you all for makin' our lives just a little brighter here on We Love Radio”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário